sexta-feira, 26 de março de 2010

Dois ponto zero



Uma rua dentre as mais movimentadas do centro. Ainda assim, a sensação de aconchego causada pelas generosas copas das árvores no quarteirão não passava despercebida. Estava entardecendo, cada andante ocupado com sua caminhada, destino, compromisso. Carros e pessoas confundindo-se em meio a bagunça cotidiana. A porta e a vida passavam, despercebidas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Aimorés com Bahia.



Essa porta na Rua da Bahia sempre me chamou a atenção. É notável a presença de stickers e stencils na nossa cidade, mas não tão aglomerados e harmônicos como neste lugar.

Entrevistei hippies que me confessaram nem reparar tanto a porta, que estavam naquele quarteirão apenas pelo ar fresco provocado pelas árvores e porque naquele lugar a polícia ainda não os tinha descoberto.

Entrei no prédio e descobri que ela guarda uma biblioteca, mas que é impossível acessá-la por dentro. Ou seja, a porta não tem nenhuma serventia relacionada ao seu funcionalismo intrínseco: não deixa pessoas passarem (isso fica visível quando se percebe as laterais enferrujadas, embora a maçaneta esteja impecável).
Ela também não é notada pelos transeuntes, que passavam apressados àquela hora do dia - e provavelmente em todas as outras. Ela é só um lugar onde eu paro às vezes para observar seus cartazes, antigos sobre os velhos, críticas que ninguém quer ver.
Felizmente, sei que não estou sozinha. Entre os cartazes há uma frase pregada que diz: "às vezes eu procuro respostas nos cartazes pregados nas paredes". E um email embaixo.
Quem sabe?

domingo, 14 de março de 2010

Caminho da Roça



Tão longo que as distâncias tiveram que ser figurativas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Luiz Gustavo Pataro.



A primeira impressão que o Luiz me passou foi a respeito do seu senso crítico ao falar do filme Orgulho e Preconceito em um dos drops das aulas.
Seu gosto por filmes e pela dissecação dos mesmos tornou-se evidente a medida que conversávamos. Ele conhecia muitos em detalhes, tinha eleito seus favoritos com base em argumentos muito bem fundamentados.
Ele adora expor os argumentos, claro. Também gosta de papear sobre outros muitos temas, principalmente os que envolvam literatura e música.
Contudo, interessa-se por Franz Kafka e Francesca Woodman além dos demais.

O Luiz é muito expressivo ao falar - com sotaque mineiríssimo do interior -, sorrir e gesticular. Apresentou-me neologismos muito engraçados. Comporta-se como um garoto que cresceu demais em pouco tempo, ligeiramente desajeitado, mas adorável.

O breve período de tempo que até agora passamos juntos me revelou inicialmente uma pessoa ansiosamente tímida, depois, freneticamente gesticuladora e, finalmente, um ótimo companheiro de bate-papo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Formas de andar


Foi proposto aos estudantes do primeiro período uma pesquisa de quatro termos específicos. Após uma breve pesquisa, conclui que, apesar de diferentes em suas principais características, os quatro termos estão intimamente relacionados à forma de andar na cidade e interagir com ela. Todos eles propõem uma forma de visão que tornam o indíviduo atento e crítico em relação ao meio a sua volta.

(Continua...)